Como isso começou? Não sei. Quando? Não sei. Escrevo porque sou vulgar, porque sou castrada, recalcada, neurótica. Escrevo porque transbordo, porque exagero, porque simplesmente sou, tudo ao mesmo tempo e agora. Escrevo porque ao me personificar tiro a máscara, me mostro, me exponho. Abro o peito. Escrevo porque sou careta, escrevo pois viver meus sonhos sórdidos seria desafiar o mundo, seria ser Deus. Escrevo porque sou Deus dos meus textos e porque o poder me torna submissa. Escrevo porque sou insegura, histérica, bandida, mentirosa. Escrevo porque complico a minha simplicidade, escrevo porque assim sou eu, em cada frase, em cada palavra. Principalmente no não explicito.
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